A Fintiv, uma empresa de fintech (tecnologia financeira) do Texas, lançou recentemente uma bomba, pois acusa a Apple de ter usado a sua tecnologia e segredos comerciais para criar o Apple Pay. Segundo o processo em tribunal, algumas funcionalidades-chave do sistema de pagamentos da Apple vieram da CorFire, uma empresa que a Fintiv comprou em 2014 e não de tecnologias desenvolvidas em Cupertino.
O enredo desta situação tem mais de espionagem corporativa do que de inovação. A Apple reuniu-se com a CorFire em 2011 e 2012, onde assinou um acordo de confidencialidade para utilizar as tecnologias da empresa. De acordo com a Fintiv, anos depois, a Apple quebrou esse mesmo acordo. Para "colocar o dedo na ferida", a Apple alegadamente terá contratado funcionários da CorFire, oferecendo salários generosos, para reunir todos os recursos antes de lançar o Apple Pay.
Fintiv parece estar furiosa com a Apple
Na queixa, a Fintiv vai mais longe e acusa a Apple de liderar “uma empresa informal de extorsão”, alegando que lucrou centenas de milhões ou até milhares de milhões com o Apple Pay, sem pagar um cêntimo pelo que, na visão deles, foi tecnologia roubada. A expressão utilizada pela Fintiv nas suas declarações oficiais foi de “roubo corporativo e extorsão em proporções monumentais”.
Apesar da gravidade das acusações, um juiz federal em Atlanta rejeitou o caso no dia 4 de agosto. Mas a Fintiv não está disposta a "largar o osso" pois promete recorrer m tribunal nos próximos dias de forma a obter uma resposta favorável.
Mais uma vez, a imagem imaculada da Apple com o chavão “Think Different” fica com manchas. A Apple diz ser sinónimo de inovação, mas, se estas acusações tiverem pernas para andar, a história poderá revelar que o Apple Pay nasceu mais de um atalho obscuro do que de uma epifania criativa.