Duas décadas de cinema de qualidade. Vinte anos que passaram a voar.
Quem não se recorda que nos últimos meses de 1999 o mundo sofria por antecipação com o famoso “bug do milénio” ou o “Bug Y2K”. Quem não se recorda da especulação e em torno do apocalipse tecnológico que os sistemas informáticos iam colapsar com a mudança de ano? Olhando para trás até foi engraçado ver a paranóia generalizada porque os computadores não iam assumir o ano 2000. Enfim memórias…
Mas como iniciei isto com cinema vamos falar um pouco desse tópico, podemos abordar o “bug do milénio” num outro artigo.
O ano de 1999 foi um bom ano para o cinema, pode não parecer mas um dos filmes que contribuiu para a evolução dos efeitos especiais no cinema foi lançado nesse ano.
The Blair Witch Project
Na realidade isto passou a fasquia de um simples filme, passou a ser uma experiência.
Este filme foi vendido com sendo uma história real e pode-se dizer que foi aqui que a internet começou a ter um papel importante na experiência cinematográfica. O The Blair Witch Project foi o primeiro filme a usar o esmagador poder da internet como ferramenta de markting digital.
A história era de 3 jovens que desapareceram sem deixar qualquer tipo de rasto após se meterem por uma floresta nos Estados Unidos quando iam investigar uma lenda rural.
Todo o filme foi produzido com base no conteúdo de uma câmara de vídeo que supostamente tinha as filmagens dos jovens e que posteriormente foi encontrado.
Magnólia
O drama é a fusão do sofrimento de uma dúzia de personagens. A dor, a morte e a inevitabilidade do destino fez deste filme uma pérola que levou o realizador Paul Thomas Anderson a um novo patamar.
Estas personagens alvo de todo o tipo de sofrimento que acabam por se cruzar encontram o conforto umas com as outras.
Alguns dos momentos do filme são puras obras de arte impulsionados pela banda sonora ou até por serem simplesmente sem sentido.
Eyes Wide Shut
A última longa metragem de Stanley Kubrick, o realizador morreu ano do lançamento do filme.
Este foi um daqueles filmes que para mim era incompreensível há 20 anos atrás. Nicole Kidman e Tom Cruise dão a cara por um casal a passar por uma crise na adaptação do romance escrito pelo médico e escritor Arthur Schnitzler. Esta adaptação cinematográfica ficou imortalizada pelo cineasta Kubrick que acabou por não ver a reacção do público ao seu último filme.
The Sixth Sense
“Eu vejo pessoas mortas” a frase que imortalizou a atuação de Haley Joel Osment revelou ao público o seu dom. Este é um drama que aborda o sobrenatural, uma criança que fala com os mortos e que vive com a presença dos mesmos em silêncio. Vi este filme ainda jovem e honestamente marcou-me, mexeu comigo pois aquele miúdo fez um papel tão bom que transmitiu o seu sofrimento de uma forma tão real que acabou por me assustar um pouco.
Fight Club
Quando vi o filme a primeira vez pensei “mas o que é que eu acabei de ver?”.
David Fincher lançou em 1999 uma obra prima recheada de loucura, uma obra de arte e por vezes a arte choca.
A narrativa de Fight Club aborda, ainda hoje, passados 20 anos um tópico importante. A sociedade consumista e muitas vezes vazia. A forma que David Fincher encontrou para que a sociedade se redimisse dos seus pecados era ter a cara espatifada em lutas ilegais em algumas caves imundas.
Matrix
Passados 20 anos o mundo espera pelo 4º filme das irmãs Wachowski. Sim para quem não sabe os irmãos Wachowski são agora irmãs pois submeteram-se a uma mudança de sexo.
É preciso falar de Matrix? Acho que não…
Mas pensem bem, o primeiro filme foi lançado em 1999.