De acordo com o órgão de comunicação social norte-americano NPR, o sistema de controlo de tráfego aéreo dos EUA ainda utiliza tecnologia extremamente datada: estamos a falar do uso de disquetes e sistemas operativos dos anos 90, como o Windows 95. Além disso, é comum o uso de "paper strips", tiras de papel onde os trabalhadores apontam informações sobre os voos.
Após falhas recentes que causaram atrasos massivos em aeroportos como Newark, a FAA (Federal Aviation Administration) e o Departamento dos Transportes decidiram avançar com uma reforma ambiciosa. Chamado “Modern Skies”, o plano visa substituir toda a infraestrutura tecnológica num prazo de quatro anos.
Não vamos utilizar mais disquetes ou folhas de papel - afirma Chris Rocheleau, administrador da FAA.
FAA anunciou plano de reforma urgente
A ideia é construir seis novos centros de controlo (em vez dos atuais 21), consolidando operações e reduzindo custos de manutenção. A proposta tem apoio político e da indústria aeronáutica, mas enfrenta desafios: financiamento incerto, resistência local às possíveis fusões de centros, e ceticismo quanto à viabilidade do prazo.
Enquanto antigos responsáveis da FAA alertam para décadas de falta de investimento, o novo plano quer envolver empresas privadas no desenvolvimento e integração dos sistemas futuros. A meta é clara: abandonar a dependência de tecnologias ultrapassadas e criar um sistema mais resiliente, eficiente e digital, com menos papel e mais dados em tempo real.
No geral, esta abordagem parece passar por uma maior privatização dos sistemas de controlo aéreo de forma a fomentar o investimento em novas tecnologias, que por sua vez irá resultar num melhor controlo aéreo e uma maior segurança dos passageiros das companhias aéreas afetadas.
De facto, é bizarro que em 2025, ainda sejam utilizadas tecnologias tão arcaicas para uma tarefa de extrema responsabilidade. Não foram mencionados comentários por parte da administração do atual presidente norte-americano Donald Trump.
