Jojo Rabbit é o filme do neo-zelandês Taika Waititi, que para além de realizador é também actor e interpreta nesta história Adolf Hitler, esse mesmo que estão a pensar, o criador do movimento nazista que dominou a Alemanha durante a Segunda Guerra Mundial.
Esta longa-metragem narra o dia-a-dia de Jojo, um menino que tem como amigo imaginário Hitler e no qual vê o melhor exemplo a seguir, pois julga estar a seguir as pisadas do seu pai, que supostamente foi lutar para a guerra e defender os ideais nazistas.
Jojo Rabbit (baseado no romance Caging Skies, O céu enjaulado, inédito no Brasil, de Christine Leunens) é na verdade a sátira a uma época marcante da nossa História, onde Hitler passa uma imagem cheia de momentos nos quais se expressa de forma irônica e até trocista do própria ambiente onde está envolvido.
Quando Jojo (Roman Griffin Davis) descobre que a própria mãe (interpretação fantástica a cargo de Scarlett Johansson) esconde uma judia em casa, deixa de compreender várias coisas. Parece que o menino doce e ingênuo que se vê obrigado a aceitar o contexto violento e frio que as circunstâncias onde vive ditam, começa a colocar tudo em dúvida.
Na verdade, Jojo Rabbit faz-nos reportar a momentos cinematográficos de outros tempos, também eles diferentes e com exibições marcantes; lembremo-nos do resiliente A Vida é Bela, no qual um pai tenta a todo custo, através dum jogo que inventou, esconder a realidade horrenda do nazismo ao seu filho.
Mas também conseguimos chegar aos dias angustiantes de Anne Frank.
Jojo Rabbit alude a momentos dramáticos a que o nazismo obrigou, por vezes fazendo suster a respiração do espectador, ao mesmo tempo que nos presenteia com sentimentos altruístas capazes de vencer num contexto de guerra, provando mais uma vez que o Bem é sempre melhor.
Jojo Rabbit teve seis nomeações para os Óscares 2020, incluindo o de Melhor Filme e Melhor Actriz Secundária, e arrebatou a estatueta para o Melhor Argumento Adaptado.
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