A Microsoft tornou-se a segunda empresa pública no mundo a ultrapassar os 4 triliões de dólares de capitalização bolsista, logo após a Nvidia. Na manhã de quinta-feira, 31 de julho de 2025, as ações da Microsoft dispararam até 8,5 por cento, fazendo com que o valor da empresa ultrapassasse os 4,1 triliões de dólares. Com este crescimento, ultrapassou a Apple, que está avaliada em cerca de 3,1 triliões, mas ainda se mantém atrás da Nvidia, que lidera com aproximadamente 4,4 triliões.
Os resultados do quarto trimestre fiscal, encerrado em junho, surpreenderam o mercado. As receitas subiram 18 por cento para 76,4 mil milhões de dólares e o lucro líquido aumentou 24 por cento, atingindo 27,2 mil milhões. O principal motor deste crescimento foi a divisão de cloud computing, Azure, que registou um aumento entre 34 e 39 por cento nas receitas, ultrapassando os 75 mil milhões em termos anuais.
Azure e Inteligência Artificial foram chave no crescimento
O crescimento da Azure está intimamente ligado à aposta da Microsoft na inteligência artificial. A parceria estratégica com a OpenAI permitiu-lhe lançar ferramentas como o Microsoft 365 Copilot, um assistente inteligente para o ambiente de trabalho. Estas soluções impulsionaram a procura por parte das empresas, numa corrida para modernizar operações e aumentar produtividade através da IA.
Apesar do crescimento, a empresa atravessou um processo de reestruturação difícil. Foram despedidos cerca de 15 mil trabalhadores em 2025, medida justificada como necessária para alinhar a estrutura interna com os objetivos de inovação tecnológica.
Os investimentos também aumentaram de forma agressiva. O orçamento para gastos de capital no próximo trimestre é de 30 mil milhões de dólares, podendo atingir os 120 mil milhões ao longo do ano. Em comparação, o total do ano anterior foi de 88 mil milhões.
A Microsoft reforça assim a sua posição como um dos gigantes tecnológicos globais, com um foco claro no futuro da cloud e da inteligência artificial.