Lançado a 04 de março, o nanossatélite português Aeros MH-1 estabeleceu contato com a Terra através do teleporto de Santa Maria, nos Açores, operado pela empresa Thales Edisoft Portugal, para enviar as primeiras imagens do Oceano Atlântico.
Posicionado a 510 quilômetros de altitude, ligeiramente acima da Estação Espacial Internacional, o equipamento vai observar durante três anos o Oceano Atlântico em particular.
O MH-1, um nanossatélite de 4,5 quilos que homenageia o antigo ministro da Ciência Manuel Heitor, considerado o impulsionador do projeto, é o segundo satélite português a ser enviado para o espaço, depois do PoSat-1, que entrou na órbita terrestre em setembro de 1993, mas que já se encontra desativado.
Diversas empresas e instituições acadêmicas portuguesas fazem parte do consórcio nacional do Aeros MH-1, bem como o Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) dos Estados Unidos, através do programa de cooperação MIT-Portugal.
O centro de engenharia CEiiA, um dos parceiros que construiu o equipamento, será responsável por processar os dados e as imagens recebidas pelo MH-1 para estudos científicos, enquanto as universidades do Algarve, Porto e Minho, além do Instituto Superior Técnico e o IMAR - Instituto do Mar, darão suporte científico à missão.
O nanossatélite, que começou a ser desenvolvido em 2020, representa um investimento de 2,78 milhões de euros. Em comunicado, a Thales Edisoft Portugal e o CEiiA mencionaram que as imagens “representam mais um passo na capacidade de observação do Oceano Atlântico por Portugal, que irá permitir uma análise detalhada do ecossistema marinho e dos padrões climáticos".