Com o ultimato dos Estados Unidos a exigir que o TikTok se desvincule de empresas chinesas ou enfrente um bloqueio total, a ByteDance, empresa-mãe da plataforma, está a trabalhar numa solução que poderá mudar tudo.
A estratégia inclui dois passos decisivos: vender a operação norte-americana do TikTok a um grupo de investidores dos EUA e lançar uma nova aplicação exclusiva para esse mercado. A empresa Oracle, que já fornece os serviços cloud da app, está à frente do consórcio que poderá assumir o controlo. Outros nomes como Amazon e AppLovin também poderão estar envolvidos nas negociações.
Internamente, a ByteDance já está a desenvolver uma nova versão da aplicação com o nome de código “M2”, pensada especificamente para cumprir os requisitos legais dos EUA. Esta nova app poderá chegar às lojas de aplicações em Setembro de 2025. A versão atual do TikTok seria desativada gradualmente, com encerramento definitivo previsto para Março de 2026.
China terá de aprovar estas mudanças
Apesar do avanço nas negociações, o plano ainda depende da aprovação do governo chinês, que até agora não se pronunciou oficialmente. Além disso, decorrem conversações paralelas sobre tarifas comerciais entre os dois países, que poderão influenciar o desfecho.
Para dar tempo a estas negociações, o governo dos EUA suspendeu temporariamente o banimento, prolongando o prazo até meados de Setembro. Estas extensões temporárias já se acumulam há meses.
Banimento do TikTok seria desastroso
O objetivo é garantir que a transição seja feita sem cortes bruscos, mantendo o TikTok ativo durante o processo e evitando o impacto que um encerramento imediato teria sobre milhões de utilizadores, criadores e empresas que dependem da plataforma.
A verdade é que milhares de criadores de conteúdo e empresas nos Estados Unidos dependem do TikTok, que já é uma fonte de receita saudável. Sem TikTok, os resultados podem muito ser negativos.
