É difícil tirar fotografias de excelente qualidade sem se entender o potencial e as funcionalidades de uma máquina fotográfica. Um bom ponto de partida para melhorar a qualidade das suas fotografias é dominar desde cedo os três Reis da fotografia, mais conhecidos como o Triângulo da Exposição Fotográfica: ISO, abertura da lente e velocidade do obturador.
Apesar da grande maioria das máquinas DSLR e das novas máquinas Mirrorless disporem de um modo “Auto”, que escolhe automaticamente a abertura, a velocidade e até o ISO de acordo com as necessidades que a máquina identifica no momento em que tira a foto, a verdade é que o modo “Auto” limita o produto final que pode alcançar com a sua máquina. E atenção, que estas definições não se limitam às máquinas fotográficas, pois muitos smartphones atuais têm um modo profissional, onde pode também mexer nestas definições, portanto se pondera participar no concurso da Huawuei Next-Image 2020, estas dicas podem ser cruciais.
Em muitos casos, a máquina tem de calcular a exposição correta depois de avaliar a quantidade de luz que atravessa a lente. Perceber cuidadosamente como funcionam o Triângulo da Exposição Fotográfica, permitem ao fotógrafo ter um maior controlo sobre a máquina e, consequentemente, o imagem final. Para isso, é preciso também saber ajustar as definições quando necessário, quebrando assim as limitações do modo automático. Mas antes de passar ao modo “Manual”, nós damos uma ajuda com o Triângulo da Exposição Fotográfica.
Velocidade do obturador
A velocidade do obturador traduz-se no período de tempo em que o obturador é aberto para expor luz ao sensor da máquina. As velocidades do obturador são normalmente medidas em frações de segundo, quando estão abaixo de um segundo. Quanto mais lenta a velocidade do obturador, maior a entrada de luz que é permitida no sensor. Por exemplo, em fotografias de noite ou com pouca luz o ideal é reduzir a velocidade do obturador. Por sua vez, uma maior velocidade do obturador permite congelar movimentos como um carro de passagem, ou o bater de asas de um pássaro, contudo é necessária uma maior entrada de luz na lente.
Abertura da lente
De forma muito simples, é o buraco dentro da lente, através do qual a luz viaja para o corpo da máquina. Quanto maior for o orifício, mais luz passa para o sensor. A abertura da lente também permite controlar a profundidade, que é que define o que aparece com maior ou menor nitidez. Se a abertura é muito pequena, a profundidade é maior, pelo que o contraste de nitidez entre o objeto e o pano de fundo é maior. À medida que a abertura aumenta, a profundidade diminui e consequentemente há um maior equilíbrio de nitidez em toda a fotografia. Exemplificando, para fotografar retratos ou destacar objetos o ideal é uma abertura pequena, enquanto para fotografar paisagens escolhe-se uma abertura maior.
ISO
Por fim, mas não menos importante, explicamos o ISO que basicamente serve para dar mais brilho às fotos quando não se consegue aumentar mais a velocidade do obturador ou não se consegue abrir mais a lente. É geralmente medido em números, onde se menor o número, mais escura a imagem. Aumentar o ISO pode contudo mexer com a qualidade da imagem, ficando com ruído (aspecto granulado) e que é difícil de se recuperar em pós-produção. Geralmente o valor mais baixo é 100 (apresenta-se como Low) e a partir de 6400 já é considerado um valor muito alto (High) – apesar de haver máquinas que têm valores muito mais elevados do que isso. Contudo o que recomendamos é não subir para além dos 1600, que por si só já provoca algum ruído na fotografia.
Estas são algumas das imensas configurações e técnicas que a arte da Fotografia exige dos seus praticantes e tem a nossa garantia de que assim que dominar estes três conceitos estará pronto para elevar o seu jogo para o próximo nível.