O lançamento de GPT-5 trouxe uma surpresa amarga para muitos utilizadores: o chatbot parecia distante, frio e demasiado formal. A reação não se fez esperar. Em fóruns, redes sociais e grupos privados, o comentário era o mesmo, que a Inteligência Artificial tinha perdido a sua "humanidade". A OpenAI não demorou a responder.
We’re making GPT-5 warmer and friendlier based on feedback that it felt too formal before. Changes are subtle, but ChatGPT should feel more approachable now.
— OpenAI (@OpenAI) August 15, 2025
You'll notice small, genuine touches like “Good question” or “Great start,” not flattery. Internal tests show no rise in…
Sam Altman, o CEO, reconheceu rapidamente o problema e garantiu que o objetivo não era ter um assistente robótico e aborrecido. A promessa foi simples: devolver ao GPT-5 uma voz mais calorosa, sem cair no exagero do antigo GPT-4o, que tantas vezes parecia demasiado entusiasmado ou excessivamente polido. O equilíbrio, afinal, está em ser útil e empático ao mesmo tempo.
Outra novidade foi a introdução de modos de utilização: “Auto”, “Fast” e “Thinking”. A ideia é permitir que cada pessoa escolha se quer uma resposta rápida e direta ou mais pausada e refletida. Para os mais nostálgicos, a versão GPT-4o também foi reintroduzida, disponível para quem preferia aquele tom emocional e conversador.
Na parte técnica, o GPT-5 trouxe avanços claros: menos erros factuais, mais rigor na escrita, melhorias na programação e maior cuidado em temas delicados como saúde. A segurança também ganhou destaque. Agora, em vez de uma recusa seca quando um pedido não é adequado, a IA tenta explicar o motivo ou oferecer alternativas seguras. Ainda assim, alguns investigadores mostraram que falhas persistem, e certos truques conseguem contornar os filtros.
A grande lição ficou clara: não basta ser poderoso, é preciso ser humano. Um chatbot que responde de forma impecável mas soa como uma máquina sem alma dificilmente conquista confiança. Ao ouvir os utilizadores e ajustar rapidamente a experiência, a OpenAI mostra que a empatia é tão importante quanto a tecnologia.