YouTuber enfrenta prisão por vídeos de emuladores de jogos

YouTuber enfrenta prisão por vídeos de emuladores de jogos

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Um YouTuber italiano está a enfrentar problemas legais após ter publicado vídeos sobre o uso de emuladores de videojogos. Segundo as autoridades, os conteúdos de Francesco Salicini podem configurar incitação à pirataria, uma vez que envolvem software que permite jogar títulos originalmente lançados para consolas como a Nintendo Switch, PlayStation ou Game Boy em plataformas não oficiais.

Once Were Nerd tem diversos vídeos sobre consoles com emuladores
Os vários vídeos de Francesco Salini

Embora os emuladores sejam, tecnicamente, legais, a partilha de jogos ou a demonstração do seu funcionamento com cópias não autorizadas é frequentemente alvo de repressão por parte das editoras e detentoras dos direitos.

O processo contra o YouTuber levanta questões sensíveis sobre a fronteira entre partilha de conhecimento e violação de propriedade intelectual. As autoridades italianas sustentam que os vídeos não apenas informavam sobre emuladores, mas também mostravam como obter e correr ROMs de jogos protegidos por direitos de autor, o que poderá representar um crime punível com prisão, à luz da legislação local.

Comunidade de emuladores está do lado de Francesco

A comunidade ligada à preservação digital e à história dos videojogos tem manifestado preocupação com o caso, considerando-o um potencial precedente que poderá colocar em risco o trabalho de documentação e análise crítica do património cultural dos jogos. Já as empresas detentoras dos direitos vêem na repressão e proibição uma medida essencial para proteger os seus produtos e combater o mercado paralelo.

O caso encontra-se em investigação e ainda não é certo se o YouTuber será formalmente acusado e enfrentará uma pena de prisão ou multas. Contudo, o episódio reacende o debate sobre o papel das plataformas de vídeo na divulgação de conteúdos relacionados com emulação, e até que ponto deve ir a responsabilização dos criadores de vídeos neste contexto.

A Nintendo é popularmente das empresas mais restritas no que toca a emuladores e partilha dos seus conteúdos. Ao longo dos anos, a empresa japonesa removeu, através de reinvidicações, vários conteúdos online relacionados com pirataria.